14 de agosto de 2013

A injustiça do destino

 
      Não queria te esconder nada, mais a cada olhar teu, me apaixonava mais e mais, me desculpa por todo esse silêncio esse tempo todo e por não te dizer que foi a coisa mais importante que já aconteceu na minha vida, eu Te Amo !
     -Me escuta por favor! Não se vá! Não vou suportar ... E o silêncio  tomava aquela cama de hospital. Os aparelhos ainda estavam ligados, seu coração batia fracamente, os médicos já tinham desistido, iriam desligar os aparelhos em uma hora e disseram-me que o que restava era eu dizer adeus.
     Estávamos indo comemorar nosso noivado, queria casar comigo mesmo sem ouvir o meu eu Te Amo. O lugar não era muito longe, íamos no restaurante em que tínhamos nos conhecido, más no centro da cidade estava tendo um tiroteio, quando percebemos já não se tinha mais escapatória. Aqueles bandidos entraram no nosso carro e eles queriam me matar, você disse que não ia deixar, más eles não estavam nem ai. E saiu o primeiro tiro no teto daquele carro, o desespero já tomou meu coração, não demorou muito tempo o segundo na minha barriga e o terceiro, bem o terceiro ia ser na minha cabeça, más você entrou na frente, me salvou ! Naquele segundo o sentido da minha vida já tinha se perdido por ai, as lágrimas começaram a derramar e aqueles idiotas saíram correndo.
     Tinha uma notícia tão importante para te dar naquele dia. Eu estava grávida, você me dizia tanto que queria tanto ter filhos comigo não é mesmo ? Dizia que queria casa cheia!
    Fico me perguntando para que tanto sofrimento? Se não fosse aquela noite, estaríamos comemorando a vinda do nosso filho, porque aconteceu com nós ? Porque ?
Queria poder sentir teu abraço de novo, pelo menos só mais uma vez, aquele abraço que só você sabia me dar, aquele que me confortava que me fazia sentir segura e protegida.
     - Eu lhe prometo que vou procurar justiça quero aqueles bandidos na cadeia, eles mataram nosso filho. O que ainda me deixa em pé é a vontade de fazer justiça, pois não tenho mais vontade de viver.
     Nesse estante da conversa os médicos entram no quarto e dissem que estava na hora de desligar os aparelhos. Pedi mais um minuto para dizer:
    - Meu amor eu te amo e sempre te amarei, espero que me perdoe por eu dizer o que eu sinto justo quando não consegue me escutar, obrigada por tudo! Adeus !
       E assim os médicos desligaram os aparelhos. E eu me derramei em lágrimas.


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